ENTREGA DAS SAGRADAS ESCRITURAS
Primeiro Domingo do Advento
(4.º Volume de Catequese)
INTRODUÇÃO
1 A ENTREGA DA PALAVRA NO TEMPO DO ADVENTO
- 1.1 A Encarnação do Verbo de Deus
- 1.2 Conhecer as Sagradas Escrituras
- 1.3 O «sim» dos dez mandamentos
- 1.4 A Palavra escrita por inspiração do Espírito Santo
2 A PALAVRA DE DEUS NA FAMÍLIA CRISTÃ
- 2.1 O catequista e a família
- 2.2 O Advento e a preparação do presépio na família
3. PREPARAÇÃO COM AS CRIANÇAS
4. A PREPARAÇÃO DOS CATEQUISTAS
- 4.1. Momento de graça
- 4.2. Formação
- 4.3. Educação autêntica da fé
5. A LECTIO DIVINA
6. ASPECTOS PRÁTICOS
7. O TEXTO DA CELEBRAÇÃO
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INTRODUÇÃO
O Ritual de Iniciação Cristã dos Adultos (RICA) coloca a entrega dos Evangelhos no Rito da Admissão dos Catecúmenos (n. 93). A entrega da Sagrada Escritura comporta uma passagem do tempo do acolhimento ao primeiro anúncio: a Palavra é a luz duma vida conforme ao projecto de Deus e, por isso, conduz a uma resposta de fé. Além disso a Palavra constitui o ponto de partida para todo o aprofundamento catequético que terá lugar ao longo das várias fases do caminho que as crianças e jovens, com as suas famílias, estão a percorrer. Com o gesto de entrega, isto é, ao colocar a Bíblia das Sagradas Escrituras nas suas mãos, como luz para o caminho, a comunidade cristã na Igreja indica que é na escuta da Palavra que se encontra a via para encontrar Jesus. Este convite não é dirigido só às crianças, mas à família inteira, que é chamada a viver unida o tempo novo do caminho de fé que lhe é proposto.
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1. A ENTREGA DA PALAVRA NO TEMPO DO ADVENTO
1.1. A Encarnação do Verbo de Deus
O tempo do Advento, com o qual começa o novo ano litúrgico, é uma grande preparação para o Mistério da Incarnação pelo qual a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). O Guia do Catequista do 4.º Volume dá indicação de que a entrega da Palavra seja na celebração de Natal (Catequese 10, p. 209). Os cânticos, a alegria, a luz, a liturgia do Natal celebram esse grande mistério da nossa Salvação. «Antes, os homens tinham falado e criado imagens humanas de Deus, das mais variadas formas; o próprio Deus falara de diversos modos aos homens (cf. Heb 1, 1: leitura da Missa do Dia). Agora, porém, aconteceu algo mais: Ele manifestou-Se, mostrou-Se, saiu da luz inacessível em que habita» (Bento XVI, Homilia, 24.12.2011).
Este mistério da Incarnação do Verbo de Deus celebra-se depois, no tempo do Natal também na Festa da Epifania, em que o Menino é recebido e adorado como luz das nações. O ciclo do Natal encerra-se com a celebração do Baptismo do Senhor, ouvindo-se a voz do Pai: «Este é o Meu Filho muito amado; escutai-O» (Mt 3,17). Um novo convite a aceitar na fé a Palavra definitiva, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos através de Seu Filho (cf. Heb 1,1-2), (Dei Verbum 4).
1.2. Conhecer as Sagradas Escrituras
«Na história da Igreja, não faltam recomendações dos Santos sobre a necessidade de conhecer a Escritura para crescer no amor de Cristo. Trata-se de um dado particularmente evidente nos Padres da Igreja. São Jerónimo, grande «enamorado» da Palavra de Deus, interrogava-se: «Como seria possível viver sem o conhecimento das Escrituras, se é por elas que se aprende a conhecer o próprio Cristo, que é a vida dos crentes?». Estava bem ciente de que a Bíblia é o
instrumento «pelo qual diariamente Deus fala aos crentes». Eis os conselhos que ele dava a Leta, uma matrona romana, para a educação da filha: «Assegura-te de que ela estude diariamente alguma passagem da Escritura. (…) À oração faça seguir a leitura, e à leitura a oração. (…) Que em vez das jóias e dos vestidos de seda, ame os Livros divinos». Permanece válido para nós aquilo que São Jerónimo escrevia ao sacerdote Nepociano: «Lê com muita frequência as Escrituras divinas; mais ainda, que as tuas mãos nunca abandonem o Livro sagrado. Aprende nele o que deves ensinar». Seguindo o exemplo deste grande Santo que dedicou a sua vida ao estudo da Bíblia, tendo dado à Igreja a tradução latina chamada Vulgata, e de todos os Santos que colocaram no centro da sua vida espiritual o encontro com Cristo, renovemos o nosso compromisso de aprofundar a Palavra que Deus deu à Igreja; poderemos assim tender para aquela «medida alta da vida cristã ordinária», desejada pelo Papa João Paulo II no início do terceiro milénio cristão, que se alimenta constantemente na escuta da Palavra de Deus» (Bento XVI, Exortação Apostólica Pós-sinodal Verbum Domini, 30.9.2010, n. 72).
1.3. O «sim» dos dez mandamentos
Por outro lado, todo o percurso do 4.º Volume de catequese, «Tens Palavras de Vida Eterna», é uma descoberta da Bíblia e caminho para a Palavra de Deus. Neste caminho, tal como aconteceu na salvação do povo do Egipto, adquirem particular significado as Palavras da Lei (catequeses: 25 – Amarás o Senhor teu Deus; 26 – Amarás ao próximo como a ti mesmo). O rosto de Deus, o conteúdo desta cultura da vida, o conteúdo no nosso grande «sim» exprime-se nos dez Mandamentos, que não são um pacote de proibições, de «não», mas apresentam na realisade uma grande visão de vida. São um «sim» a um Deus que dá sentido ao nosso existir (os três primeiros mandamentos), «sim» à família (quarto mandamento); «sim» à vida (quinto mandamento); «sim» ao amor responsável (sexto mandamento); «sim» à solidariedade, à responsabilidade social, à justiça (sétimo mandamento); «sim» à verdade (oitavo mandamento); «sim» ao respeito do outro e do que lhe pertence (nono e dácimo mandamento); (Bento XVI, 8/1/2006).
1.4. A Palavra escrita por inspiração do Espírito Santo
«A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência» (Dei Verbum 9). «A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja» (Dei Verbum 10).
Deste modo, a entrega da Palavra no primeiro Domingo do Advento, e mais perto do princípio do ano de catequese conduz a um significado litúrgico e constitui um convite a viver na catequese aquela familiaridade quotidiana com a Palavra de Deus que é caminho de santidade. As crianças terão a Bíblia junto de si, aprenderão a procurar, a ler as passagens da vida de Jesus, serão ajudadas a conhecer a história da Salvação, sentirão a alegria de rezar a partir das Escrituras, darão os primeiros passos na meditação pessoal, colocando-se a si mesmas junto de Jesus enquanto ensina, enquanto cura, enquanto reza, sabendo que Ele é «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6). «A catequese deve comunicar com vitalidade a história da salvação e os conteúdos da fé da Igreja, para que cada fiel reconheça que a sua vida pessoal pertence também àquela história» (Bento XVI, Verbum Domini 74).
2. A PALAVRA DE DEUS NA FAMÍLIA CRISTÃ
2.1. O catequista e a família
Parece bom e oportuno que cada catequista se dirija aos pais (às famílias) com uma mensagem:
– que lembre a relação entre Palavra de Deus, matrimónio e família cristã.
«Com o anúncio da Palavra de Deus, a Igreja revela à família cristã a sua verdadeira identidade, o que ela é e deve ser segundo o desígnio do Senhor». Por isso, nunca se perca de vista que a Palavra de Deus está na origem do matrimónio
(cf. Gn 2, 24) e que o próprio Jesus quis incluir o matrimónio entre as instituições do seu Reino (cf. Mt 19, 4-8), elevando a sacramento o que originalmente estava inscrito na natureza humana. «Na celebração sacramental, o homem e a mulher
pronunciam uma palavra profética de doação recíproca: ser “uma só carne”, sinal do mistério da união de Cristo e da Igreja (cf. Ef 5, 31-32)»9;
– que motive para a educação cristã dos filhos.
«Do grande mistério nupcial deriva uma imprescindível responsabilidade dos pais em relação aos seus filhos. De facto, pertence à autêntica paternidade e maternidade a comunicação e o testemunho do sentido da vida em Cristo: através
da fidelidade e unidade da vida familiar, os esposos são, para os seus filhos, os primeiros anunciadores da Palavra de Deus»;
– que mostre a comunhão na Igreja, suscitada pela «palavra da fé» (Rom 10,8) e transmita o desejo do Sínodo:
«Que cada casa tenha a sua Bíblia e a conserve em lugar digno para poder lê-la e utilizá-la na oração».
2.2. O Advento e a preparação do presépio na família
Após os actos de preparação da entrega da Palavra e da própria celebração, o tempo de Advento é propício à leitura da palavra à volta da coroa do Advento, à escuta do anúncio a Maria (também na Solenidade da Imaculada Conceição), e a resposta da Mãe de Deus: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38).
A própria preparaçao do presépio em cada casa está ligada a uma forma simples e intuitiva de meditação so mistério da Incarnação: «O Natal é uma festa cristã e os seus símbolos constituem uma importante referência para o grande mistério da Encarnação e do Nascimento de Jesus, que a liturgia reevoca constantemente» (Bento XVI, 16/12/2011).
O catequista procure a forma mais adequada para a comunicação com as famílias. O próprio catecismo contempla a secção «Em família», em que se uma mensagem a cada sessão de catequese. As formas de comunicação são complementares (telefone, e-mail, etc.) mas a forma preferível é a da comunicação pessoal, do diálogo, do encontro ou reunião.
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3. PREPARAÇÃO COM AS CRIANÇAS
Além das catequeses adequadas, e das orações pessoais e em família, que conduzem ao acolhimento da Palavra como luz dos próprios passos e farol dos caminhos da vida (cf. Salmo 118/119), uma confissão bem feita, no sacramento da Reconciliação, constitui óptima preparação para receber a Bíblia e acolher a Palavra como Maria. É conveniente que as crianças baptizadas, com mais de sete anos, sobretudo as que fizeram a Primeira Comunhão se aproximem do Sacramento da Reconciliação.
O encontro inter-paroquial de um dia, com a participação das crianças que frequentam os 4.º a 6.º volumes de catequese que se realiza no sábado do mesmo fim de semana é, para as primeiras um momento óptimo de preparação imediata.
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4. A PREPARAÇÃO DOS CATEQUISTAS
4.1. Momento de graça
A entrega da Bíblia é também um momento de graça para os catequistas. «A actividade catequética implica sempre abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de modo que aquelas palavras sejam sentidas vivas, como Cristo está vivo hoje onde duas ou três pessoas se reúnem em seu nome (cf. Mt 18, 20). A catequese deve comunicar com vitalidade a história da salvação e os conteúdos da fé da Igreja, para que cada fiel reconheça que a sua vida pessoal pertence também àquela história» (Bento XVI, Dei Verbum 74).
Neste sentido, o catequista sente o chamamento a reencontrar-se pessoalmente com Cristo vivo. A leitura orante da Sagrada Escritura (lectio divina), a meditação quotidiana (oração mental) são meios nos quais se dá este encontro. Na verdade, a lectio divina, «é verdadeiramente capaz não só de desvendar ao fiel o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Cristo, Palavra divina viva»(Bento XVI, Dei Verbum 87).
4.2. Formação
Um segundo meio de preparação do catequista é o da formação. «Para se alcançar o objectivo desejado pelo Sínodo de conferir maior carácter bíblico a toda a pastoral da Igreja, é necessário que exista uma adequada formação dos cristãos e, em particular, dos catequistas» (Bento XVI, Dei Verbum 75).
4.3. Educação autêntica da fé
Finalmente, a entrega da Palavra às crianças e às famílias constitui uma ocasião para que o catequista possa revisitar a sua metodologia catequética, na transmissão autêntica das verdades reveladas e no testemunho pessoal de fé. «A catequese há-de haurir sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Escritura, porque “a Sagrada Tradição e a Escritura constituem um só depósito inviolável da Palavra de Deus, confiado à Igreja”(Catechesi Tradendae, 27; cit. in Directório Geral da Catequese 94).
Seja-nos permitido citar dois textos (que vale a pena ler na íntegra) como caminho para este reencontro do catequista com a missão que lhe foi confiada na Igreja:
– Da intervenção com o título «A Nova Evangelização», do Cardeal Joseph Ratzinger durante o Congresso dos Catequistas e dos Professores de Religião» de 10/12/2000 ( ano do Grande Jubileu). «Não procuramos escuta para nós, não queremos aumentar o poder e a extensão das nossas instituições, mas desejamos servir o bem das pessoas e da humanidade dando espaço Àquele que é a Vida. Esta expropriação do próprio eu oferecendo Cristo para salvação dos homens, é a condição fundamental do verdadeiro empenho pelo evangelho. “Vim em nome de Meu Pai e não Me recebestes, mas se vier outro, em seu próprio nome, recebê-lo-eis” (Jo 5, 43). O sinal distintivo do Anticristo é falar em seu nome. O sinal do Filho é a sua comunhão com o Pai. O Filho introduz-nos na comunhão trinitária, no círculo do eterno amor, cujas pessoas são “relações puras”, o acto puro do doar-se e receber-se. O desígnio trinitário visível no Filho, que não fala em seu nome mostra a forma de vida do verdadeiro evangelizador aliás, evangelizar não é simplesmente uma forma de falar, mas uma forma de viver: viver em escuta e fazer-se voz do Pai. “Não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido”, diz o Senhor acerca do Espírito Santo (cf. Jo 16, 13)».
– Do discurso do Papa Francisco aos Bispos de Portugal no final da Visita ad limina de 7/9/2015: «Eu penso que nos guiões preparados para os sucessivos anos de catequese esteja bem apresentada a figura e a vida de Jesus; talvez mais difícil se torne encontrá-Lo no testemunho de vida do catequista e da comunidade inteira que o envia e sustenta, apoiada nas palavras de Jesus: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28,20). Que Ele está, não há dúvida; mas onde é que O escondemos? Porque, se a proposta é Jesus Cristo crucificado e redivivo no catequista e na comunidade, se este Jesus se põe a caminho com o jovem e lhe fala ao coração, este seguramente abrasa-se (cf. Lc 22, 15.32). Jesus caminha com o jovem… Infelizmente o pensamento dominante actual, que vê o ser humano como aprendiz-criador de si mesmo e totalmente embriagado de liberdade, tem dificuldade em aceitar o conceito de vocação, no sentido alto de um chamamento que chega à pessoa vindo do Criador do seu próprio ser e vida. A verdade, porém, é que Deus, ao criar-nos, sem dúvida livres na existência, predispôs de certo modo a nossa essência ao pensá-la e dotá-la das capacidades requeridas para uma missão concreta ao serviço desta humanidade que Ele ama. E ama-nos por demais, para nos abandonar ao acaso e à míngua de bem. Deste modo, a nossa felicidade depende absolutamente de individuarmos e seguirmos o chamamento para tal missão».
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5. A LECTIO DIVINA
«Os seus passos fundamentais:
– LECTIO –
Começa com a leitura (lectio) do texto, que suscita a interrogação sobre um autêntico conhecimento do seu conteúdo: o que diz o texto bíblico em si? Sem este momento, corre-se o risco que o texto se torne somente um pretexto para nunca ultrapassar os nossos pensamentos.
– MEDITATIO –
Segue-se depois a meditação (meditatio), durante a qual nos perguntamos: que nos diz o texto bíblico? Aqui cada um, pessoalmente mas também como realidade comunitária, deve deixar-se sensibilizar e pôr em questão, porque não se trata de considerar palavras pronunciadas no passado, mas no presente.
– ORATIO –
Sucessivamente chega-se ao momento da oração (oratio), que supõe a pergunta: que dizemos ao Senhor, em resposta à sua Palavra? A oração enquanto pedido, intercessão, acção de graças e louvor é o primeiro modo como a Palavra nos transforma.
– CONTEMPLATIO –
Finalmente, a lectio divina conclui-se com a contemplação (contemplatio), durante a qual assumimos como dom de Deus o seu próprio olhar, ao julgar a realidade, e interrogamo-nos: qual é a conversão da mente, do coração e da vida que o Senhor nos pede? São Paulo, na Carta aos Romanos, afirma: «Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, a fim de conhecerdes a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável e o que é perfeito» (12, 2). De facto, a contemplação tende a criar em nós uma visão sapiencial da realidade segundo Deus e a formar em nós «o pensamento de Cristo» (1 Cor 2, 16). Aqui a Palavra de Deus aparece como critério de discernimento: ela é «viva, eficaz e mais penetrante que uma espada de dois gumes; penetra até dividir a alma e o corpo, as junturas e as medulas e discerne os pensamentos e intenções do coração» (Hb 4, 12).
– ACTIO –
Há que recordar ainda que a lectio divina não está concluída, na sua dinâmica, enquanto não chegar à acção (actio), que impele a existência do fiel a doar-se aos outros na caridade.
Estes passos encontramo-los sintetizados e resumidos, de forma sublime, na figura da Mãe de Deus. Modelo para todo o fiel de acolhimento dócil da Palavra divina, Ela «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19; cf. 2,51), e sabia encontrar o nexo profundo que une os acontecimentos, os actos e as realidades, aparentemente desconexos, no grande desígnio divino (Ex. Apost. Verbum Domini 87).
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6. ASPECTOS PRÁTICOS
1. O Guia do Catequista do 4.º Volume acentua a importância de que as bíblias adquiridas sejam da mesma edição (p. 37). Na Paróquia de Cristo Rei de Algés tem sido habitual a opção pela edição publicada pela Difusora Bíblica (Franciscanos
Capuchinhos).
2. As famílias das crianças que já tenham adquirido a Bíblia optem ou por adquirir uma nova Bíblia para a criança, considerando que será para seu próprio uso e a deverá acompanhar por toda a vida, ou que se realize o gesto de entrega com a Bíblia que se encontra na família.
3. A aquisição das Bíblias, (comunicação com os pais, contagem certa das quantidades) e a identificação das Bíblias que já pertenciam à criança ou à família, faz-se sob coordenação do secretariado da catequese, em contacto com o Coordenador do Volume.
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