S. LUíS ORIONE (1872-1940). Antigo aluno de Dom Bosco este italiano de origem modesta consagrou toda a vida aos pobres e aos infelizes. “Um estratega da caridade”, segundo S. João-Paulo II que o canonizou (2004).

Jeremias 11,18-20; Sal 7,2-3.9-12; João 7,40-53

Jeremias queixa-se a Deus porque os adversários conspiram contra ele e procuram calá-lo. Dirige-lhE as palavras do Salmo 7 que exprimem o seu sofrimento pela missão. Mas as queixas não são as de um homem pessimista, como ficou falsamente conhecido. Não são queixas de “um Jeremias”, mas de um Justo perseguido sem razão, dum inocente oprimido que mantém intacta a confiança em Deus : “ Senhor, Tu és O meu refúgio, na minha fraqueza dá-me ainda forças para me refugiar em Ti, que és só Amor”.

“NUNCA NINGUÉM FALOU ASSIM…” (Jo.7,40-53). Muitos são seduzidos por Jesus, mas os sumo-sacerdotes e os fariseus unem-se contra Ele. O coração perverte-se com o desejo da manutenção de poder e dos seus privilégios. Diziam: “esta multidão que não conhece a Lei, é gente maldita !” O homem está com frequência pronto a encontrar os melhores(?) argumentos para fugir à verdade, com o fim único de proteger o frágil estatuto que alcançou. No final da discussão “cada um voltou para casa” virado para si-mesmo e só para si.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris. Selecção e síntese: Jorge Perloiro.