S. SIMÃO e S.JUDAS (séc.I). Dois dos Apóstolos de Jesus, associados na liturgia tal como na lista dos Doze que consta nos evangelhos. Simão, chamado de “o zelote” e Judas, de apelido Tadeu, terão sido mortos depois do Pentecostes, numa emboscada na Pérsia. A tradição também refere que S.Simão terá sido serrado vivo e S. Judas terá sido decapitado com uma acha.
Efésios 2, 19-22 ; Sal 18, 2-5 ; Lucas 6, 12-19
QUAL É A NOSSA IGREJA ? (Ef.2,19-22). Na festa dos Apóstolos, Simão e Judas, a epístola aos Efésios convida-nos à pergunta: Qual é a nossa Igreja? É grande a tentação de fazer das nossas comunidades grupos identitários, afins, onde nos sentimos bem uns com os outros. Paulo refuta esta visão. Só a nossa relação com Cristo constrói Igreja. É pelo nosso encontro com O Senhor Jesus, nos sacramentos, na Escritura, nos irmãos, que a construção da Igreja se ergue e toca o coração do mundo. Indo mais além do que as nossas afinidades ou do que as vontades contractuais, a Igreja não é de forma alguma uma “associação, decreto lei nº…” : ela é essa abertura que O Pai faz dO Seu Reino com – uma única porta – Jesus Cristo.“Concidadãos do povo santo…” A expressão visa a integração dos pagãos na Igreja. Aqueles que eram considerados estrangeiros fazem agora parte da cidade nova, com o mesmo título que os santos. Mas que significado tem esta palavra no Novo Testamento? No princípio, “os santos” designavam o primeiro grupo judaico-cristão de Jerusalém à roda de Pedro e de Tiago; mais amplamente, tratava-se dos que haviam sido os primeiros na fé em Cristo ; todos esses se associavam ao povo messiânico (santo) de Israel.
“QUANDO NASCEU O DIA, CHAMOU OS DlSCíPULOS e ESCOLHEU DOZE…” (Luc.6,12-19). Toda a escolha acarreta um risco: tal é a liberdade do homem! Jesus não conhece tudo de antemão mas sabe que os discípulos sonham com um Messias poderoso, e isto até mesmo após a Sua morte. Simão, que hoje celebramos, não era partidário de uma luta armada contra o ocupante romano? Judas Iscariotes irá trair Jesus e Pedro negá-lO-á… Mas o caminho dos discípulos é também o nosso : os nossos desejos de omni-potência devem passar pela cruz para acedermos a uma outra compreensão da missão de Jesus. A escolha de Cristo passa pela cruz, para Ele e para os que O Seguem. Trata-se de uma aposta louca; Deus coloca-Se nas nossas fracas mãos e se cairmos Ele levanta-nos.
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