BTO. MIGUEL RUA (1837-1910). Nascido numa família de operários, fundou aos 18 anos, com São João Bosco o “Instituto dos Salesianos”. Ordenado sacerdote aos 23 anos, acompanha D.Bosco em todos os trabalhos, sucedendo-lhe em 1988 na direcção da Obra. Permaneceu sempre fiel às suas recomendações: “trabalho e oração”, “amor ao Papa” e “devoção a Maria Auxiliadora”. Foi beatificado por S.Paulo VI, em 1975.
BTA. CHIARA LUCE BADANO (1971-1990). Filha única de pais católicos, aos 13 anos entrou no “Movimento dos Focolares”, fundado em 1943 por Chiara Lubich. Cresceu rápidamente na vida espiritual e era ridiculizada pelas amigas por ir á missa todos os dias da semana. Aos 17 anos uma dor aguda no ombro revelou um ósteosarcoma e iniciou 2 anos de calvário: “Se é o que queres, Jesus, é também o que eu quero”. Repetia: “Serei santa, se for santa já”. Os amigos iam visitá-la para a consolar e voltavam a casa consolados. Testemunha duma fé luminosa, foi beatificada (2010) no pontificado de Bento XVI.
Efésios 6, 1-9 ; Isaías 144, 10-14 ; Lucas 13, 22-30
MAIS DO QUE TODO O OURO DO MUNDO (Ef.6,1-9). Nas nossas famílias, nas nossas comunidades, nos nossos locais de trabalho, o poder sobre os outros levanta sempre questões. Violência, traição, manipulação, ferem-nos e convidam-nos a vermos essas relações nO Senhor. Paulo inspirou sem dúvida José Cardijn, fundador da “Juventude operária cristã” (JOC), quando este dizia que “um jovem trabalhador vale mais que todo o ouro do mundo, porque ele é filho de Deus”. Versão contemporânea desta página de Paulo. Sim, o outro, sobretudo se as instituições humanas nos disserem que ele está numa situação de “inferioridade”, vale mais do que os nossos desejos de poder. Só O Senhor nos permite a autêntica “imparcialidade” porque só Ele é o juíz do bem que fazemos.
“ESFORÇAI-VOS POR ENTRAR PELA PORTA ESTREITA…” (Luc.13,22-30). Esta imagem da “porta estreita” recorda-me um percurso de “jogging” na montanha que incluia alguma escalada. Havia uma passagem, muito estreita, entre duas vertentes rochosas, conhecida como a “chaminé do Paraíso”. Uma vez ultrapassada, alcançava-se um pico onde um magnífico panorama surgia aos nossos olhos. A porta estreita de Jesus é esta passagem que temos de franquear sózinhos, mesmo que outros vão à nossa frente ou nos sigam. Para a ultrapassar, há que tornar-se pequeno e desatravancar esse “eu” que tanto gosta de se encherr com ninharias. Cada passagem estreita é uma ocasião para se aderir aO Cristo humilde que vai à frente a abrir-nos o caminho. Finalmente , será de porta estreita em porta estreita que nós seremos conduzidos, um dia, à porta da Vida eterna, desse Paraíso que nos aguarda em Deus.
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