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Encontro vocacional do Senhor Patriarca com os animadores – Miraflores, 16 de Março

No próximo sábado, dia 16 de Março, teremos a alegria de receber na nossa paróquia o encontro de seminaristas animadores de pré-seminário, convidados na caminhada das vocações, e animadores de campos de férias.

As actividades terão lugar no Centro Pastoral Santa Teresinha, em Miraflores e a Santa Missa às 18h00 será presidida pelo Senhor Patriarca de Lisboa, Dom Rui Valério, na Igreja da Santíssima Trindade.

Alegremo-nos com estas graças recebidas e rezemos pelos bons frutos do encontro.

Festa da Família – 18 Maio 2024 – Parque Urbano de Miraflores

Após uma ano de intervalo devido à concentração de esforços na JMJ 2023 o Sector de Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa, em colaboração com a Vigararia de Oeiras retoma a organização da Festa da Família, com o apoio logístico da Câmara Municipal de Oeiras.

Será, se Deus quiser, no dia 18 de Maio de 2024, no Parque Urbano de Miraflores. Todas as famílias estão convidadas.

Peregrinação do ícone da Sagrada Família

Até lá, com o sentido de preparar o encontro da Festa da Família 2024, de agradecer o dom da família, e de elevar súplicas a Deus a favor de tão grande bem, contemplando o mistério da Sagrada Família de Nazaré, o seu ícone fará a peregrinação através das paróquias da Vigararia, de acordo com o seguinte

Programa:

9-16 Março: LINDA-A-VELHA
2-9 Março: NOVA OEIRAS/S. JULIÃO DA BARRA
16-23 Março: OUTURELA
23-30 Março: CARNAXIDE
30 Março-6 Abril: QUEIJAS
6-13 Abril: BARCARENA
13-20 Abril: LAVEIRAS-CAXIAS
20-27 Abril: PAÇO DE ARCOS
27 Abr.-11Maio: PORTO SALVO
4-11 Maio: OEIRAS
11-18 Maio: ALGÉS/CRUZ QUEBRADA

Oração

Iniciemos desde já a rezar com fé e piedade a oração pela Festa da Família:

Rádio Amparo vai transmitir a Via Sacra em direto

16 de Fevereiro de 2024

Nesta sexta-feira

A Rádio Amparo, web rádio da paróquia de Benfica, vai transmitir, em direto, a Via Sacra, com o Patriarca de Lisboa e os jovens, que decorre na noite desta sexta-feira, dia 16 de fevereiro, às 21h00, na Alameda Dom Afonso Henriques (junto à Fonte Luminosa), em Lisboa.

Fundada há mais de dois anos, por iniciativa do pároco e atual diretor, padre Nuno Rosário Fernandes, a Rádio Amparo pode ser escutada no seu computador, smartphone ou tablet, através do endereço https://radioamparo.pt (carregando no botão Play, no topo da página). A web rádio paroquial de Benfica está ainda disponível como aplicação, para sistemas operativos Android, através do GooglePlay. Finalmente, a Rádio Amparo pode ser ouvida como Web App, pelo endereço https://radioamparo.pt/app.

A Via Sacra com o Patriarca de Lisboa é promovida pelo Serviço da Juventude, o Setor da Pastoral das Vocações e o CeUC – Pastoral Universitária de Lisboa, e conta ainda com o apoio do Município de Lisboa e da Junta de Freguesia do Areeiro. “Ao entrar na Quaresma faremos os passos de Jesus com a cruz. Este ano teremos um coro e orquestra com jovens que estiveram no coro da JMJ. As meditações foram feitas por jovens refugiados que estudam em Lisboa e em cada estação haverá um apontamento artístico. Juntos faremos memória da Via-Sacra da JMJ que aconteceu no dia 4 de agosto no Parque Eduardo VII. O Senhor Patriarca estará connosco, não faltes!”, convida a organização.

A Rádio Amparo tem como objetivo “chegar junto da comunidade local, aproximando-se das pessoas e entidades locais, ao jeito de rádio comunitária”, refere a apresentação desta web rádio paroquial. Nasceu a 18 de dezembro de 2021, dia da padroeira da paróquia de Benfica (Nossa Senhora do Amparo) e esteve, durante três meses, com emissões experimentais. A 25 de março de 2022, dia da Anunciação do Senhor, recebeu a licença de transmissão da ERC como meio de comunicação oficial.

Mensagem do Patriarca de Lisboa para a Quaresma de 2024

“Vou conduzir-vos ao deserto, para vos falar ao coração.” (Os 2,16)

1. A vida de comunhão com Cristo caminha ao ritmo de etapas vividas na mais profunda intimidade com Ele. Encontrar, na travessia espiritual, momentos de solidão, passar pelo desassossego do silêncio, sentir o impacto da aridez da existência, tanto pode arrastar para o drama do abatimento, como conduzir à beleza do arrebatamento. Contudo, conduz-nos sempre para a radicalidade do tudo ou nada ou, mais precisamente, para os extremos. Talvez seja por esta razão que, segundo a sabedoria bíblica, as mais significativas experiências de Deus e da sua presença, como as vividas por Abraão, Moisés, Job, Elias, não esquecendo Paulo e a Virgem Maria, e até pelo próprio Jesus de Nazaré… aconteceram em contextos-limite, fora do ramerrame quotidiano. A um foi pedido que saísse da sua terra e abandonasse tudo; outro foi conduzido a um monte fumegante; houve quem passasse pela atroz experiência do sofrimento, da morte cruel, da perseguição, e mesmo do aniquilamento de todo o seu projeto de vida[1].

Neste sentido, venho propor à Diocese de Lisboa que, neste tempo quaresmal, percorrendo o caminho da conversão, se deixe levar pelo turbilhão da radicalidade a nível da vida espiritual; se deixe arrastar pela medida alta da santidade, que é ir até aos limites do amor, da esperança e da fé. Movidos pelo sopro de Deus, desejemos afastar-nos não tanto do ritmo das coisas, mas da mentalidade do repetitivo, do rotineiro, em suma, da trivialidade, para sermos investidos e agraciados pela força do Espírito que nos coloca em Cristo e transforma radicalmente o nosso coração.

2. Reconheço no convite do Senhor reportado por Oseias — “vou conduzir-te ao deserto e falar-te ao coração” (Os 2, 16) — a razão para fazer da Quaresma um itinerário de deserto no encontro com Cristo. Como a brisa da tarde reconforta e fortalece das fadigas do caminho, assim também o estar com Ele permite saborear a doçura da sua presença e faz com que, em nós, irrompa toda a força da Vida que, pelo Espírito, nos fora comunicada. “E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas” (Jo 1, 4-5) — diz São João — assinalando como é pela Vida de Deus em nós que nos tornamos “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14) para manifestar a glória de Deus e vencer as trevas do pecado, do mal e do egoísmo. Não são os nossos esforços ascéticos, nem as nossas obras, mas a preponderância da Vida enquanto Luz que vence os abismos da escuridão. Por isso, em Cristo encontra-se a permanência do Dom por Ele conferido, em Cristo temos acesso à intimidade do Pai.

O deserto oferece-nos o silêncio que nos abre à escuta do essencial, como a oração no Espírito[2] permite que apenas a Palavra de Deus comunique com o nosso coração e se sintonize com ele; eleva-nos à contemplação de Deus e ao contacto direto e imediato do Céu com a Terra. É aí que apreendemos o valor do outro, enquanto irmão, e da sua indispensável presença na nossa vida, pois só sobreviveremos se assumirmos a nossa condição de pessoas que vivem em comunidade.

3. A Quaresma é o tempo favorável de aproximação e preparação para a Páscoa, o verdadeiro âmago do mistério da fé. Por inerência, um tempo de deserto que, no entanto, é tempo que se faz espaço, torna-se também lugar, fonte configuradora de novas atitudes. Molda-nos, como o barro nas mãos do oleiro! Ninguém regressa do deserto indiferente; o antes transforma-se num presente com esperança renovada num futuro salvífico. É plasmado por meio da graça que lhe dá um novo sentido à luz da plenitude divina.

O nosso deserto será profícuo se for o lugar e o tempo do encontro com Cristo, o qual nos torna dóceis à vontade do Pai. Um provérbio berbere diz o seguinte: “No deserto luta-se com tudo, menos com o próprio deserto… para lhe sobreviver”. Neste tempo, colocamo-nos nas mãos de Deus, sem resistência, rendidos ao seu amor e à graça da Vida que quer irromper em nós porque, de facto, foi-nos dada e transborda tanto para o plano das nossas ações como dos nossos discursos. Não se contraria a movimentação das dunas, como não queremos oferecer resistência à força da Vida nova que quer jorrar nas obras de paz, de proximidade aos pobres e sofredores, nas ações de caridade e partilha. Os outros, os irmãos, são essenciais para a realização da vida divina, que é vida de comunhão, na qual se mostra a glória de Deus, o brilho luminoso da nossa condição redimida pela morte e ressurreição de Cristo, a realização em nós da declaração do evangelista João “e… contemplámos a Sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 14).

Evocamos aqui o caminho de partilha e solidariedade que a Renúncia Quaresmal do Patriarcado de Lisboa percorreu no ano de 2023: totalizou €161.420,08 destinados à construção de uma Casa de Acolhimento para as adolescentes e jovens que vêm da montanha para estudar, em Laleia, Diocese de Baucau, em Timor-Leste. Foi um pedido das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora.

Propomos que, neste ano de 2024, o fruto da nossa Renúncia tenha um duplo fim: apoiar as obras na Casa Sacerdotal do Patriarcado de Lisboa para construir alojamentos para jovens; e apoiar obras na Escola-Orfanato das Irmãs de São José de Chambery, na Diocese de Pemba, na cidade de Mocímba da Praia e Cabo Delgado, em Moçambique, para acolher crianças e jovens vulneráveis, vítimas da guerra, e abrir furos para captação de água e, dessa forma, resolver o consumo de águas envenenadas.

4. Permanecer no Senhor é como que uma dádiva de solidão. A exemplo do deserto, pede-nos que deixemos muitas outras companhias: das coisas, dos afazeres, das preocupações, das agendas… até de pessoas, para delinear, nesse encontro, nesse tu a Tu, os traços de intimidade com Ele, gravados no nosso coração, no nosso ser.

Uma tríplice face caracteriza o rosto da nossa caminhada quaresmal: recordação, cordialidade e serviço.

a) Recordar[3], significa fazer voltar ao coração, regressar com o coração. A Quaresma faz-nos retornar aquilo que o Senhor fez por nós: a sua oferta de amor na Cruz constitui o compêndio da misericórdia para connosco. Quando contemplamos o seu rosto, recordando os seus gestos, fazemos memória viva da sua bondade, que é gratuita e incondicional. E comove-nos! Na força desta memória, que traz de volta ao coração a ação do Senhor, reencontramos também a multidão imensa por quem o Senhor deu a sua vida.

Cultivemos esta memória, que se fortalece quando estamos face a face com o Senhor, especialmente quando nos deixamos olhar e amar por Ele em adoração. Mas, também podemos cultivar entre nós a arte de recordar, valorizando os rostos que encontramos no dia a dia das nossas vidas.

b) A cordialidade exprime a ação que é realizada a partir do coração. O Papa Francisco tem apresentado um vasto programa da “cultura do coração”[4]. A Sagrada Escritura refere-se ao coração como sendo o terreno preferido do Senhor: aí, Ele pode lançar a semente da sua Palavra para que frutifique em sentimentos, projetos e ações de santidade (cf. Mt 13, 1-23); e, em nossos corações, “Deus derrama o seu amor, pelo Espírito que nos foi dado” (Rm 5, 5).

Eis o decálogo da cordialidade:
1. Ser compassivo e não julgar ninguém.
2. Indignar-se com os sofrimentos das vítimas da guerra e da injustiça e comprometer-se com a transformação social.
3. Amar e respeitar o outro integralmente.
4. Exercitar a paciência como caminho de amabilidade.
5. Ser responsável e comprometido com a verdade.
6. Cultivar a mansidão, a humanidade e a abertura ao diálogo com todos.
7. Colocar o amor como único e inegociável critério da ação pastoral.
8. Nutrir intimidade com Deus e viver segundo o Seu estilo.
9. Garantir o protagonismo do Espírito.
10. Promover a paz.

c) Servir. A Mensagem Quaresmal do Santo Padre para este ano tem por tema “Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”[5]. Servir ao Senhor e aos outros tem a sua raiz no coração convertido pela graça do Espírito. Estamos convocados para fazer da libertação de todas as escravidões um verdadeiro projeto de vida, amadurecido na Quaresma e concretizado em plenitude na vitória pascal de Cristo sobre a morte. Equivale a referir que todo o desígnio libertador contempla o amor pela verdade, porque “só a verdade vos tornará livres”; mas habilita-nos também à esperança, porque “na medida em que esta Quaresma for de conversão, a humanidade extraviada sentirá um estremeção de criatividade: o lampejar duma nova esperança”.

Deus vos abençoe! Deus abençoe o vosso caminho quaresmal!

Sempre em comunhão convosco e com Cristo Ressuscitado!

Lisboa, 07 de fevereiro de 2024, Festa das Cinco Chagas do Senhor
† RUI, Patriarca de Lisboa


[1] Cf. Gn 12, 1-9; Ex 19, 1-25; Job 1, 1.22; Mc 14-16; 1Rs 19-22; Lc 1, 26-37.
[2] No caminho de preparação para o Jubileu do 2025 «Peregrinos da Esperança», este ano é dedicado ao “Ano de Oração».
[3] Cf. Papa Francisco, Homilia no 60° Aniversário da Faculdade de medicina e cirurgia da Universidade Católica do Sagrado Coração, 05 de novembro de 2021
[4] Papa Francisco, Mensagem para o LVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24 de janeiro de 2023
[5] Papa Francisco, Mensagem para a Quaresma 2024, 03 de dezembro de 2023