Apartes

SEXTA-FEIRA – 28/NOVEMBRO/2014

S. TIAGO DA MARCA (1391-1476). Grande pregador franciscano. Dormia apenas 3 horas e passava a noite em meditação e oração. Percorreu a Europa a pregar a palavra de Deus e a combater as heresias. Fez muitos milagres no reino de Nápoles. Foi canonizado em 1726.

SantaCatarinaLaboureSTA. CATARlNA LABOURÉ (1806-1876). Nª Sª apareceu 3 vezes em 1830 a esta noviça religiosa das “Irmãs da Caridade”, mostrando-lhe o modelo da medalha de Nª Senhora das Graças para que a sua devoção se espalhasse no mundo. Tantas foram as curas e favores temporais e espirituais, sobretudo conversões, que logo ficou conhecida como “a Medalha Milagrosa”.

Apocalipse 20,1-4.11- 21,2; Sal 83,3-6a.8a; Lucas 21, 29-33

A SEGUNDA MORTE (Apocalipse 20,14.11-21,2). O Apocalipse desenrola em visões espetaculares o paradoxo do tempo cristão. Já Cristo vencera a morte, já os cristãos se empenharam em segui-lO no combate e vários tinham sido mortos, mas a Besta continua a levantar a cabeça: mil anos, um tempo que não controlamos! Nós devemos viver este tempo de combate certos da vitória definitiva de Deus : aquilo a que o Apocalipse chama “o fim”. Em imagens de grande violência, o texto evoca a própria Morte, personificada, a ser precipitada num lago de fogo: a segunda morte é a morte da morte ! Cada um é chamado a dar testemunho, numa imensa multidão de testemunhas, de que a morte já perdeu todo o poder : ela é apenas a passagem para uma vida onde o mal já não tem qualquer influência. A morte desapareceu com a ressurreição de Cristo na manhã da Páscoa.

“Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.

QUINTA-FEIRA – 27/NOVEMBRO/2014

MedalhaMilagrosaNOSSA SENHORA da MEDALHA MILAGROSA (1830). Aparição da Virgem a STA. Catarina Labouré, na capela do convento da rua do Bac, em Paris.

S. FRANCISCO ANTÓNIO FASANI (1681-1742).Sacerdote franciscano no mosteiro de Lucera; foi ali mestre de noviços e professor de filosofia escolástica. Em 1709, douturado em Teologia, recebeu o título de“Padre Maestro”. Fervoroso devoto de NªSª, de- dicou-se com zelo à missão de padre na administação do sacramento da confissão, “com grande paciência e boa cara”, e à celebração da Eucaristia que considerava “fonte e cume da evangelização”. Foi canonizado, em 1985, pelo papa S. João-Paulo II.

Apocalipse 18,1-2.21-23; 19,1-3; Sal 99,2-5 ; Lucas 21,20-28

ViUmAnjoPrecipitarUmaGrandePedraNoMarA DOCE VIOLÊNCIA DO AMOR GRATUITO (Apocal. 18,12-2; 19,1-3). No cerne do desastre, o anjo do Apocalipse diz ao vidente : “Escreve assim : Felizes os convidados às núpcias dO Cordeiro!” Vem-me à memória o relato de Timothy Radcliffe ao regressar do Ruanda durante o genocídio de 1994. Mergulhado na loucura assassina, o único gesto que ele pôde fazer foi celebrar a Eucaristia na companhia dos seus irmãos e irmãs dominicanos. À violência insustentável dos acontecimentos, sómente podia res-ponder a doce violência do amor gratuito de Jesus, a derramar o Seu sangue pela multidão, em remissão de de todos os seus pecados. Sim!, felizes somos nós quando bebemos a taça da Aliança nova e eterna!

“ENTÃO VERÃO O FILHO DO HOMEM VIR NUMA NUVEM” (Luc.21, 20-28). Tudo está destruido. Jerusalém é “pisada pelos pagãos”. O sol, a lua e as estrelas transtornam-se. A mulher grávida já não pode alegrar-se. Será isto a “luta final”, o nada, o aniquilamento definitivo, o fim do mundo ? Não! A esperança está viva, porque nos foi feita uma promessa. Cristo é a conclusão da história. É para Cristo que o nosso universo tende. Ele é Aquele que vem, que nos atrai a Si como um amante para nos levar aO Pai. Então, mais que um “combate final”, ousemos ver este fim da história como um “ramo de flores final”. Cristo virá reunir tudo o que está disperso, e a humanidade finalmente reconciliada alegrar-se-á em conjunto e entoará com uma só voz um cântico à glória dO Pai. Sim!, vem Senhor Jesus!

“Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.

QUARTA-FEIRA – 26/NOVEMBRO/2014

BeatoTiagoAlberioneBTO. TIAGO ALBERIONE (1884-1971). Desejoso de pregar o Evangelho com os meios de comunicação modernos, este sacerdote piemontês criou dez institutos especializados que hoje formam a grande família dos Paulistas. Costumava dizer: “A maior penitência é a vida comum”. Foi beatificado em 2003 pelo Papa S. João-Paulo II.

Apocalipse 15,1-4 ; Sal 97,1-3ab.7-9; Lucas 21,12-19

ViSeteAnjosPortadoresDeSeteFlagelosAS ÚNICAS ARMAS DE JESUS (Ap.15,1-4). Aqueles que alcançaram a vitória sobre a Besta entoam o cântico dO Cordeiro. Já viram um cordeirinho, acabado de nascer, a levantar-se e a equilibrar-se nas patas? Uma mistura de vida, de energia e de imensa fragilidade. É esta a imagem que atravessa a Bíblia e que João Baptista retoma para apontar O Messias aos seus discípulos, convidando-os a caminharem com Ele. Também nós, empenhados neste combate titânico contra as potências da morte que vivem nos nossos corações e no mundo, nunca devemos esqueçer que as únicas armas de Jesus foram a mansidão, a humildade, o perdão e o amor dos inimigos…

“PELA VOSSA CONSTÂNCIA É QUE SEREIS SALVOS” (Luc.21,12-19). Palavras de sabedoria a gravar em letras de ouro para não baixar os braços! Jesus convida-nos à perseverança, a uma corrida de fundo que nada deve parar. Jesus não é um guru que nos engane prometendo-nos uma vida fácil. Ele não nos esconde as provações e as condenações à morte sempre tão actuais para os cristãos per-seguidos e, para nós, talvez os ataques dos familiares e vizinhos e as críticas ou troças dos nossos colegas, por sermos cristãos. O desafio é então dar testemunho mantendo-nos firmes. Alguns versículos mais adiante Jesus diz-nos para levantarmos as cabeças. A nossa vida é dO Senhor ressuscitado, vencedor do mal, que também nos garante: “ninguém pode arrancar-vos das mãos dO Pai”.

“Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.

DOMINGO DE N. SENHOR JESUS CRISTO, REl DO UNlVERSO– 23/NOVEMBRO/2014

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO. Termina esta semana o ano litúrgico “A”. A partir do próximo domingo, o Advento é a abertura do novo ano “B” dO Reino de Deus. Vamos continuar a busca da santidade, abrindo-nos ao que O Senhor quiser revelar-nos.

MartirioDeSaoClementeS. CLEMENTE I (99). 3º sucessor de São Pedro. É-lhe atribuida uma Carta aos Coríntios, evocativa do início da Igreja e das suas dificuldades e conflitos, que lhes recordava o ideal evangélico. Morreu mártir afogado.

Ezequiel 34, 11-12.15-17 ; Sal 22, 1-3. 5-6 ; 1 Coríntios 15, 20-26. 28 ; Mateus 25, 31-46

JulgamentoFinal_RubensUM ANTE-GOSTO DO REINO (Mat.25,31-46). A celebração de Cristo “Rei do universo” remete-nos para as representações políticas, apesar das leituras nos mostrarem que Jesus não é um príncipe terrestre. O Evangelho do Julgamento Final insiste todavia sobre a eficácia social e política da aceitação da res-surreição de Cristo. Devido às suas fragilidades, os justos agiram mal simplesmente e sem cálculo. Os dispostos no lado mau foram denunciados pela ausência de compaixão concreta, e a sua duplicidade foi firmemente desmascarada. Se tivessem sabido que, na pessoa daquele pobre, era O Rei que se apresen-tava, ter-se-iam imediatamente posto ao Seu serviço, mas por interesse. Esta festa litúrgica ajuda-nos a compreender que, quando a graça da eter-nidade se saboreia no interior das nossas existências quotidianas, a fé na ressurreição de Cristo não é apenas uma experiência íntima. É nos compromissos humanos que testemunhamos o nosso baptismo. De facto, a fé cristã é, ao mesmo tempo mística e política, secreta e visível, interior e eficaz. Todavia, essa espessura política da fé não é senão um ante-gosto dO Reino definitivo de Deus e isso deveria impedir o cristianismo de pretender substituir-se ao Estado. A Igreja só reclama a liberdade religiosa, tanto para ela como para todas as religiões. A fé impele-nos a agir e a testemunhar na sociedade, mas ela também nos permite descobrir que O Reino de Deus nos precede, porque O Espírito Santo actua na história e no coração de cada um. Jesus transporta os que O ouviam aos últimos tempos, quando O “Filho do homem” vier “na Sua glória” e Se sentar sobre o trono. O “Filho do homem” é descrito como um rei, que pode convocar todas as nações. O nome de “Senhor” que lhE é dado ressoa como o nome próprio de Deus na Bíblia. “Todas as nações” são convocadas. Os homens são separados em dois campos. “À direita”, lugar de honra tradicional, vêm os “benditos” dO Pai, os “justos”, que recebem em herança O “Reino”, a “vida eterna”. “À esquerda”, os “malditos”, privados dO Reino, “irão para o castigo eterno”. Que fizeram os justos para estar no bom campo? Eles aceitaram, (ajustaram-se), à Lei divina que exige justiça e rectidão nas acções, e fizeram-no sem procurar a recompensa dO Rei.  Eles encontraram, sem o saberem, O próprio Senhor na casa daqueles que socorriam. E que fizeram os malditos? Nada!, nem se mexeram, e não podem por isso ir para junto dO Senhor.

“Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.

Folha Informativa, 23/NOVEMBRO/2014

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