Apartes

SEGUNDA-FEIRA – 10/NOVEMBRO/2014

EncontroDeSaoLeaoMagnoComAtilaS. LEÃO MAGNO (461). O santo papa Leão Magno é o pai da Igreja latina e um Doutor da Igreja. Eloquente homilista e escritor, deixou-nos muitas cartas e sermões de ensino ao seu rebanho. Eleito papa em 440, teve que enfrentar as invasões dos bárbaros e as fortes controvérsias teológicas sobre a divindade de Cristo. Combateu as heresias do pelagianismo, neoplatónica e do priscilianismo e ratificou a decisão do Patriarca de Constantinopla contra Eutiques com uma carta dogmática, que confirmava a doutrina da Encarnação. Contribuiu assim para fazer triunfar a sua fé na dualidade da natureza de Cristo, “verdadeiro Deus e verdadeiro homem”. Homem enérgico e bom pastor foi, com pompa, ao encontro dos Hunos do supersticioso Átila e conseguiu fazê-lo sair de Itália, salvando Roma. Igualmente quando os vândalos de Genserico invadiram Roma, mais uma vez, a santidade e a eloquência do papa Leão salvaram a cidade.

Tito 1, 1-9 ; Sal 23, 1-6 ; Lucas 17, 1-6

OS TRÊS SINAIS DISTINTIVOS DO DISCíPULO (Lucas 17,1-6). Encontramos neste evangelho os três sinais distintivos do discípulo. O primeiro sinal é o testemunho: testemunhar com verdade afim de orientar para Deus, enquanto o contra-testemunho, devido ao escândalo, afasta de Deus. O segundo sinal é o perdão : perdoar sem cessar, à maneira de Deus, àquele que nos pede a reconciliação.
Por fim, o terceiro sinal é implorar a fé numa entrega perfeita e total a Deus, que nos concede então tudo o que lhE pedirmos. Faço-Te Senhor, um pedido idêntico ao que os Apóstolos um dia Te fizeram: “Aumenta em mim a fé !” Ao dirigir-Te esta oração, estou já a manifestar a minha fé em Ti, embora ela seja tão pequenina como um grão de mostarda. É uma necessidade que sinto, pois só a fé em Ti pode fazer de mim alguém capaz de perdoar em profundidade e libertar-me do mal. Estou a pensar em Tomás More, o inglês do séc.XVI, decapitado por seguir a sua consciência. Após a condenação, disse aos juízes: “Queira Deus que, eu próprio e vós que me condenastes na terra, nos reencontremos alegremente no céu para nossa salvação eterna”. O cristão é de facto um homem livre a quem o ódio não escraviza.

“Meditações Bíblicas”, trad. dajes Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecção e Sìntese: Jorge Perloiro.

Folha Informativa, 9/NOVEMBRO/2014

Palavra do Papa Francisco, Meditações, notícias, leituras da semana, oração, vida paroquial. Domingo, 09 — FI_178_UnidadePastoral — FI_178_Alges

XXXII DOMINGO DO TEMPO COMUM – 9/NOVEMBRO/2014

SEMANA DOS SEMINÁRIOS

BasilicaDeSaoJoaoDeLatraoDEDICAÇÃO DA BASíLICA DE LATRÃO. Inclinemo-nos com respeito perante a Basílica dO Salvador, símbolo da unidade e da vida da Igreja. A sua fachada está coroada por quinze estátuas grandiosas, de 6 metros de altura, com a estátua dO Salvador a presidir no meio. Aqui se ergeu, gloriosa e triunfante, a árvore da cruz até então oculta nas catacumbas, no dia seguinte à vitória de Constantino.

Ezequiel 47, 1-2. 8-9. 12 ; Sal 45, 2-3. 5-6. 8-9 ; 1 Coríntios 3, 9c-11.16-17 ; João 2, 13-22 

JesusExpulsaOsVendillhoesDEVORADOS PELO AMOR À IGREJA (João 2,13-22; 1 Coríntios 3,9c-11.16-17). Jesus chega a Jerusalém e sobe aO Templo. Vê uma balbúrdia de bancas de moedas, de animais, de vendedores, e expulsa-os com energia e estrépido. Mas o Seu gesto não é um súbito acesso de ira, por mais santa que ela fosse. Ele realiza um acto por razões bem assumidas. Os discípulos não se enganam associando-o à palavra da Escritura : “O zelo da Tua casa Me devora”. Eles vêem um acto de amor, de um amor atormentado. Aos judeus que O interrogam, Jesus dá o sinal revelador desse amor: a Sua ressurreição dos mortos. O amor de Cristo pela casa de Seu Pai passa pelo tormento da Cruz afim de nos obter a vida eterna. O gesto amoroso e preocupado de Jesus permitiu que O Templo de Jerusalém reencontrasse, por algum tempo, a sua vocação de oração na presença de Deus; foi um gesto que exprimiu, em profundida-de, a nossa vocação para viver eternamente na presença dO Pai. É a vocação que Paulo exorta as nossas comunidades a não esquecerem: “Vós sois o templo de Deus, O Espírito de Deus habita em vós”. Deus nos livre dos hábitos de regateio! As relações que tecemos no seio das nossas comunidades necessitam ser despertadas por um olhar exigente. Será o amor atormentado do pastor que guarda as suas ovelhas na santidade. Esse amor obriga a que nos ajustemos uns aos outros afim de podermos erguer uma casa de oração cujas fundações sejam Nosso Senhor Jesus-Cristo. Os adversários de Jesus julgavam servir O Templo e afinal eram os actores da sua destruíção. Sejamos nós, discípulos “devorados pelo amor à Igreja”.

“QUANDO ELE RESSUSClTAR DOS MORTOS…” (Jo.2,13-22). A expulsão dos vendilhões do Templo deve ter tido um grande eco em Jerusalém e arredores! Faz-me recordar o episódio dos peregrinos de Emáus. Como eles, os discípulos não compreenderam nada do que acontecera. A cólera de Jesus é tão grande que lhE pedem uma explicação que os deixa também absolutamente espantados. Eles não compreendem. Só pouco depois da Ressurreição os seus olhos se abriram à compreensão das Escrituras. Entenderam então, como os discípulos de Emáus, que Cristo viera dar cumprimento às profecias das Escrituras. Tenhamos pois fé em Cristo Ressuscitado, deixando-O construir o edifício da nossa vida e cantemos a glória de Deus.

“Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecçãoe Sìntese: Jorge Perloiro.

SÁBADO – 8/NOVEMBRO/2014

BeataIsabelDaTrindadeBTA. ISABEL DA TRINDADE (1880-1906). Isabel Catez entrou no Carmelo de Dijon com 21 anos e morreu 5 anos depois a dizer: “Vou para a Luz, para o Amor, para a Vida”.  Deixou numerosos escritos espirituais, cartas e poemas, centrados no mistério da Santíssima Trindade.  Seguindo o caminho que é Cristo, a irmã isabel entrou no mistério de Deus através de Maria a quem gostava de chamar “a Porta do céu”, que a levou a perder-se em Deus como uma gota de água no Oceano.

Filipenses 4, 10-19 ; Sal 111, 1-2. 5-6. 8a. 9 ; Lucas 16, 9-15

PROFUNDA HUMANIDADE (Filip. 4,10-19). As relações que Paulo mantém com as comunidades que fundou são marcadas por uma profunda humanidade. Isto incita-nos a revivificar as nossas relações eclesiais, a manter o contacto com aqueles que partem para outras missões e a não abandonar os novos no seu anonimato. A alegria de uma comunhão vivida em Igreja passa por aqui, no combate contra as tendências do isolamento, da indiferença e da rotina. Peçamos o socorro dO Espírito dos sete dons.

“Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.

1ª SEXTA-FEIRA – 7/NOVEMBRO/2014

SaoVilibardoS. VILIBRARDO (658-739). Monge beneditino inglês que viveu 12 anos na Irlanda, de onde saiu para o continente com um grupo de 11 companheiros, a pedido de Pepino de Heristal (bisavô de Carlos Magno), para evangelizar a Frísia e os povos da Germânia do norte. Fundou o mos-teiro de Echternach (no actual Luxemburgo) e foi o 1º arcebispo de Utrecht, na Holanda.

Filipenses 3,17-4,1 ; Sal 121, 1-5 ; Lucas 16,1-8

NA EXPECTATIVA DO REGRESSO DE CRISTO (Filip.3,17-4,1).  Conduzir-nos como inimigos da cruz leva-nos a recusar a liberdade e a ficar presos a práticas religiosas que Paulo julgava ultrapassadas (Gál.3,1-5). É também recusar o poder de reconciliação que a cruz dá (Ef. 2,16; Col.2,14) ou ainda fechar-nos na lógica da sabedoria do mundo (1 Col.1). Inversamente, o verdadeiro cristão é quem põe em prática a novidade instaurada pela ressurreição de Cristo e, quem, na expectativa do Seu regresso, se abre desde o momento presente à acção da Sua graça e O reconhece efectivamente como Senhor.

OAdministradorDesonesto“DÁ-ME TUA CONTAS DA ADMlNlSTRAÇÃO…” (Luc.16,1-8).  Ao invés do mestre da história do evangelho, Deus renova sem cessar a Sua confiança num coração que se arrepende e converte, pois a Sua Aliança é eterna e mantém sobre todos nós um olhar cheio de amor. Ele leva-nos muito a sério! Honremos portanto a liberdade responsável que Deus tanto respeita.

“Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.